Ativo Imobilizado: Compro ou Alugo?
A contabilidade atual, deixa de maneira bem clara, o seu principal objetivo que é o de auxiliar a tomada de decisão. Nesta meta, é evidente que o foco do profissional contábil munido de seus conhecimentos técnicos, é trazer um cenário de crescimento financeiro e econômico para a empresa. Dentro dessa necessidade de evolução, novas aquisições pela sociedade como, galpões, veículos, maquinas, dentre outros itens ocorrem com uma certa frequência e o contador deve estar alerta para essas decisões junto ao conselho.
Elas podem aparentar, se olharmos rapidamente, algo ilusório. Imagine se a empresa onde você trabalha adquire um novo prédio para instalação de sua fábrica em um lugar mais amplo. Isso tudo pode parecer, aos olhos alheios, que sua empresa tem excelente saúde financeira e o fato de comprar a sede própria com o dinheiro “poupado” durante os últimos anos, pode aparentar uma escolha inteligente. É mesmo?
1) Será que essa é a melhor maneira de possuir bens produtivos na sociedade?
2) Foi pensado se existe outra maneira de adquirir novos móveis e imóveis?
3) E se eu alugar, terei um melhor custo-benefício?
Exercitemos a mente um pouco sobre isso.
Essas duas opções, aquisição e locação, têm pontos diferentes e interessantes que podem ser explorados pelos tomadores de decisão, para que seja feita a melhor escolha junto às necessidades da organização. Sabemos que ambas têm uma finalidade semelhante, porém com características e consequências distintas. Vamos conhecer algumas.
Ao comprar um ativo, a empresa tem o princípio de não tornar infindável o seu desembolso. Mesmo que em pagamentos parcelados, a entidade tem como objetivo findar sua dívida. Quando se tem boas linhas de crédito com taxas de juros baixas, aliado a boas condições para pagar uma entrada considerável, é possível trabalhar bem nas parcelas fazendo com que se encaixe às suas necessidades financeiras.
Outro Fator favorável é que os bens com finalidade relacionada à produção da empresa, ou seja, envolvido na sua atividade fim, se creditam de impostos como ICMS, PIS/PASEP e COFINS, com observância à legislação vigente.
Deve-se atentar a relevância do retorno que a aquisição trará, tanto a níveis operacionais como financeiros, pois em um caso de obsolescência do item por qualquer motivo que seja, o mesmo não poderá ser “descartado” facilmente e isso ocasionará perda de circulação monetária (pois no imobilizado haverá grande capital inoperante) juntamente a diminuição de produtividade, uma vez que o item não terá grande valia operacional. Está montado um cenário preocupante.
Alugar funciona como um ato de “não se apegar tanto” aos investimentos monetariamente feitos. Se compararmos isoladamente e sem contexto algum a locação de um galpão ao invés da sua compra à vista, veremos que financeiramente existirá uma economia muito grande, possibilitando aplicação de recursos em outros campos. Quando utilizamos esse mecanismo, podemos fazer aquilo que foi poupado render novos recursos para os demais setores da empresa. É possível criar um plano de ação que minimize os efeitos dos custos mensais do aluguel. Uma simples aplicação financeira pode trazer imenso benefício ao capital de giro da entidade.
No entanto é preciso ter ciência de que prédios, máquinas, veículos, etc, que foram alugados não são de sua propriedade por direito, portanto o cuidado é ainda redobrado sobre eles. Se uma empresa locar um prédio e não honrar com seus compromissos junto ao locador, sabe ele, que numa possível quebra de contrato, terá que desocupar o local onde está instalado e sua empresa estará com problemas além de sua credibilidade, que ficará abalada.
Locação e aquisição andam paralelas num bem comum, que é o de gerar retorno sobre o que foi investido. Resta ao empresário junto a sua diretoria e profissional da contabilidade levantar as possibilidades de ordem econômica, financeira e contábil da sociedade a fim de tomar partido a uma das opções. Ou porque não utilizar os dois métodos se os mesmos forem convenientes?
E você, tem alguma preferência?